sábado, 26 de junho de 2010

Quem sou Eu ?


A questão respeitante à nossa identidade e ao sentido e propósito da nossa existência tem ocupado o homem desde sempre.

Existem muitas correntes de opinião, mas ninguém tem mais propriedade para falar disso do que Aquele que nos criou. O nosso olhar sobre nós mesmos é muitas vezes tão limitado, incompleto e deturpado, quanto mais será limitado o nosso olhar sobre o Criador.

Precisamos de Deus para O conhecermos e precisamos Dele para nos conhecermos.

Se, por um lado, diante do Criador nos sentimos diminutos e insignificantes, só diante Dele percebemos a nossa verdadeira grandeza porque fomos criados à Sua imagem e semelhança e somos feitos Seus filhos mediante Jesus Cristo.

A Bíblia nos diz que fomos criados por Deus e para Deus. Fomos feitos para sermos parte da Sua família, para vivermos na Sua presença, sob o Seu cuidado e providência, numa relação plena de amor e confiança. Mas o amor e a confiança só podem existir com a liberdade.

Fomos criados livres e responsáveis, e não como escravos ou marionetes. No uso dessa liberdade o homem natural escolheu ignorar Deus e buscar o seu próprio caminho, estabelecer os seus próprios padrões e construir o seu próprio reino, de costas voltadas para Ele.

Essa escolha foi feita há muito tempo atrás, e continua a ser a escolha da humanidade. Por isso ninguém está em condições de afirmar categoricamente que teria escolhido diferente dos nossos primeiros pais, ou que a condição em que se encontra também não é da sua própria responsabilidade. Toda a humanidade segue a mesma vereda. A Bíblia é categórica quando afirma: "Todos pecaram e ficaram longe de Deus."(Romanos 3:23)

Só que Deus não desistiu do homem, porque ao assumir criá-lo livre, também desde logo se apresentou disponível para ultrapassar todos os obstáculos para estabelecer a reconciliação, sem pôr em causa a Sua justiça e santidade.

Quando Jesus encarnou veio com o objectivo de pela Sua morte e ressurreição, tratar o problema do pecado humano.

E foi isto que felizmente aconteceu.

Podemos ficar chocados com a forma pela qual Deus lidou com a nossa condição, mas quem somos nós para discutir com Ele o que era ou não necessário para nos perdoar e tornar Seus filhos? E isto quando não foi a nós que foi requerida a realização do plano da salvação, porque claramente o Evangelho diz que nós nada poderíamos fazer. Atente-se para o que Paulo escreve pelo Espírito Santo na carta primeiramente endereçada aos cristãos na cidade de Éfeso: "Estando nós mortos, por causa das nossas culpas, ele deu-nos a vida por meio de Jesus Cristo. (...) Foi por amor que vocês foram salvos, mediante a fé. Não foram vocês que conquistaram a salvação. Ela é um dom de Deus. Não foi obra vossa; portanto, ninguém se pode gabar disso." (Efésios 2:5,8,9)

Agora o que é certo é que a crucificação de Cristo nos coloca diante de toda a nossa tragédia, qualquer tentativa para minimizar a nossa situação só a torna mais difícil e penosa. O que o homem fez e continua a fazer é totalmente desastroso, e só a morte de Cristo é a solução, dando-nos o perdão e a necessária mudança interior para uma nova vida e um novo relacionamento.

O que se requer do homem hoje é o reconhecimento do seu estado de culpa e condenação. O homem foi criado bom, mas tornou-se mau no seu íntimo e só através de Cristo pode ser perdoado e regenerado.

Através de Jesus de criaturas desfiguradas e, mais do que isso, corrompidas, somos feitos filhos de Deus.

Ele veio realmente ao mundo, mas o mundo não o reconheceu, apesar de ter sido criado por meio dele. Veio para o seu próprio povo, que não o quis receber. Mas àqueles que o receberam e acreditaram nele deu o privilégio de se tornarem filhos de Deus. Não se tornaram filhos de Deus por vontade e geração humana, mas sim porque Deus o quis. (Evangelho De João 1:10-13)

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